quinta-feira, 22 de março de 2012

Desenvolvimento pré-natal



Influencias Pré-natais
Podemos considerar que o meio engloba todos os elementos externos que intervêm no desenvolvimento de um indivíduo. Neste sentido pode-se afirmar que, desde que é concebido até morrer, o indivíduo sobre influência do meio.

O meio intra-uterino
Desde o início da vida, o meio começa a actuar sobre o novo ser – daí a importância do meio intra-uterino, onde a criança se vai desenvolver ao longo de nove meses.
Dado que o sangue do feto é o mesmo que a mãe, o regime alimentar e a saúde materna influencia o desenvolvimento do corpo e do cérebro do bebé. A subnutrição pode ter como consequência um retardamento no desenvolvimento cerebral e, portanto, futuras limitações mentais.
Certas doenças da mãe – diabetes, sífilis, toxoplasmose, rubéola, sida, etc. – podem determinar perturbações físicas e/ou mentais na criança.
Os produtos químicos – por exemplo, medicamentos ingeridos pela mãe -, ao serem incorporados na corrente sanguínea, podem afectar de diferentes maneiras o desenvolvimento da criança. São conhecidas as deformações físicas (criança sem braços ou sem pernas) produzidas por um tranquilizante usado pelas grávidas na década de 50 – a talidomida.
Os bebés de mães toxicodependentes (em heroína e cocaína, por exemplo) podem tornar-se dependentes de droga ainda no útero materno, apresentando, ao nascer, sintomas de carência: irritabilidade, inquietação, vómitos, convulsões, insónias.
A ingestão de álcool em quantidade, durante a gravidez, pode provocar o que se designa por síndroma alcoólica fetal: problemas de coordenação motora, distorções nas articulações, anomalias faciais, inteligência subnormal…
O estado emocional da mãe também pode ser um elemento perturbador. Sabe-se hoje que, quando a mãe vive uma crise emocional grave, os movimentos do feto aumentam muito significativamente. Estudos de correlação sugerem que os bebés, cujas mães viveram situações de grande stress durante a gravidez, apresentam grande instabilidade e excesso de choro, durante a primeira infância.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Lenha na Fogueira: a Obesidade, produto do meio ou da hereditariedade?

Texto 1
            Uma equipa europeia de investigadores identificou um gene cujas mutações aumentam o risco de obesidade, segundo um estudo publicado pela revista nature Genetics em 07-07-08. Na base do trabalho, realizado por investigadores franceses e britânicos, está p gene PCSK1, que desempenha um papel essencial na maturação de várias hormonas com papel-chave, ao nível do cérebro, na ingestão de alimentos.
            Anteriormente, tinham sido identificadas mutações do PCSK1 em três pacientes que sofriam de uma forma rara e grave de obesidade, chamada monogénica (causada por um só gene), nos quais se constatou a ausência da enzima. (…) As investigações começaram com 150 famílias francesas com crianças obesas e foram depois alargadas a uma amostra maior de população em França, Dinamarca, Suiça e Alemanha. Os resultados mostram que anomalias aparentemente menores da enzima podem desencadear excesso de peso é geralmente atribuído a alterações do modo de vida relacionadas com a dieta ou a sedentariedade, mas há vários “genes da obesidade” já identificados.


            “Todos reagimos de modo diferente ao meio ambiente, que é cada vez mais semelhante, e a razão pela qual reagimos diferentemente tem em parte causas genéticas múltiplas. Este gene é uma causa entre outras”, explica o investigador.
www.cienciahoje.pt, 2008-07-07


Texto 2


            A obesidade, que é um dos problemas que afectam milhões de seres humanos, será produto da hereditariedade ou do meio? Um estudo recente mostrou que entre os adolescentes, o facto  de comerem pelo menos uma refeição por dia com a família diminuía muito a probabilidade de se tornarem obesos, de sofrerem perturbações no comportamento alimentar ou fazerem regularmente dietas. A refeição em família permite que comam mais lentamente o que é necessário para experimentarem a sensação combateria também os efeitos do stresse o que diminui os riscos de alimentação compulsiva, frequentemente ligados à necessidade de combater a angústia. As emoções positivas ligadas à partilha de um momento de convívio diminuiram também a necessidade que certos adolescentes sentem de regular as suas emoções através da alimentação.


Cerveu et Psycho, n.º 26, p. 11


            Os textos 1 e 2 apresentam dados que reforçam duas teses sobre a origem da obesidade: o primeiro defende que a obesidade é um produto da hereditariedade, enquanto que o segundo expõe uma ideia oposta, isto é, no texto 2 é defendido que a obesidade surge por influência do meio.
            Na nossa opinião, ambos os textos têm a sua razão, isto é, a obesidade resulta de diversas interações, nomeadamente, dos aspectos genéticos (hereditariedade), ambientais (meio) e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam uma probabilidade maior de virem a ser obesos, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas.




            Temos dois grandes pesos nesta balança. Por um lado, a hereditariedade: há uma tendência para ser obeso se na família se encontram pessoas com a mesma doença; e por outro lado, o meio: hoje em dia somos invadidos por enumeros anúncios publicitários que movem enormes quantidades de pessoas, é o caso do MacDonald’s, por exemplo. Este tipo de circustâncias influenciam, e de que maneira, a obesidade, tornando-se muito difícil dizer qual das variáveis é a que mais influencia; a hereditariedade e o meio estão tão interligados que achamos  ser mesmo uma tarefa impossível.

"O Segredo de uma Criança Selvagem"


Face à problemática da hereditariedade e do meio, um bom exemplo da interacção de ambas as variáveis no desenvolvimento de uma criança é o documentário O segredo de uma criança selvagem. Este retrata a história de "Genie", o pseudônimo de uma criança selvagem que passou quase todos os primeiros treze anos da sua vida trancada num quarto amarrada a uma “cama”. Ela foi vítima de um dos casos mais graves de isolamento social na história americana.
(Para veres o documentário basta acederes a este link. Tem atenção que o link é só da primeira parte do filme, sendo que terás de ver os outros no seguimento deste.
Caso não queiras ver mas queiras ter um conhecimento geral desta história, basta fazeres o download do resumo.)
Quando a assistente social descobriu "Genie", os investigadores descobriram uma rara oportunidade de explorar a capacidade humana para a linguagem. Será que ela aprender a se comunicar numa fase tão tardia e que ela seria capaz de funcionar normalmente? Genie tornou-se a favorita entre os investigadores que foram cativados pela sua inocência e total falta de pretensão.
O estudo de casos como o de Genie pretende dar uma resposta às perguntas: Como é um ser humano criado longe da influência da cultura e da sociedade? É possível que mesmo tendo passado muitos anos como “selvagem” ele/ela se possa tornar “civilizado”?
Cada ser humano tem características próprias, características que os tornam únicos. O comportamento humano depende de múltiplos factores que interagem desde a fecundação até á morte. No entanto, para conseguirmos explicar este facto, temos que ter em conta dois aspectos essenciais: o meio e a hereditariedade.
Assim sendo, ao conjunto de características que uma pessoa recebe por hereditariedade dá-se o nome de genótipo e ao conjunto de características que um indivíduo apresente, resultado da sua hereditariedade e de influência do meio, denominamos fenótipo.
É inegável a influência da hereditariedade nas características físicas de cada indivíduo (a cor dos olhos, do cabelo, da pele, a estatura, o peso, etc.). Já não se poderá estabelecer uma relação tão íntima entre a herança genética e as componentes de índole cognitiva ou características da personalidade.
A hereditariedade desempenha um papel fundamental na constituição dos sistemas nervoso e endócrino, que assumem um papel decisivo no comportamento humano, bem como outras estruturas orgânicas. Então podemos dizer que a hereditariedade é um facto a ter em conta quando se quer explicar o modo de actuar do ser humano.
Um indivíduo é, ao longo da sua vida, muito influenciado pelo meio. Assim, o meio é constituído por elementos que intervêm no comportamento de cada indivíduo. Esta influência do meio faz-se sentir desde o momento da concepção. O meio intra-uterino, as condições psicológicas da mãe, exercem um papel importante no desenvolvimento do feto. São bem conhecidos os efeitos de uma má alimentação, da ingestão de bebidas alcoólicas ou substâncias tóxicas pela mãe.
Após o nascimento, o meio pode favorecer, ou não, as potencialidades hereditariedades recebidas. Assim, um meio equilibrado, saudável e estimulante vai permitir um desenvolvimento das predisposições genéticas no sentido de um desenvolvimento harmonioso.
Tomemos o exemplo de uma planta: se tivermos duas sementes geneticamente idênticas e as regarmos com quantidades de água e adubo diferentes, decerto obteremos duas plantas com desenvolvimentos diferentes; se, entretanto, tivermos duas sementes geneticamente distintas a as tratarmos de igual modo, podem vir a dar plantas com desenvolvimentos distintos. No primeiro caso, as variações devem-se a meio, no segundo, são devidas a factores genéticos. O mesmo acontece com o desenvolvimento humano: depende de factores o meio e da carga hereditária.
Há, no entanto, autores que defendem que o comportamento depende mais de factores hereditários e outros que defendem que depende de factores do meio.
Na minha opinião, desde muito cedo o meio e a hereditariedade interagem, sendo difícil discernir qual o papel de cada um destes factores, sobretudo na definição de uma característica da personalidade, do nível de inteligência, das competências cognitivas de uma pessoa.
Estas duas influências estão interligadas e apesar de achar que são igualmente importantes, pode haver certos casos em que uma delas se destaca mais, mas a outra está sempre presente. Por exemplo, a cor da pele das pessoas nos países africanos é mais escura que no nosso país, isso deve-se à intensidade do sol na África e face a isso a pele foi-se adaptando gradualmente, ou seja, aqui está mais presente uma característica hereditária, porque um indivíduo com pele escura não vai ter um descendente com a pele clara (a não ser que um dos progenitores tenha assim a pele), e não uma característica do meio, pois este vai influenciando gradualmente, não tem uma influência directa.
No documentário podemos ver esta interação bem presente. Por exemplo, a criança tinha dificuldades em andar, mas será que andar é uma característica que só se desenvolve se for estimulada pelo meio? É importante haver estimulação por parte do meio, uma criança que é estimulada no tempo certo desenvolve essa característica de forma mais correcta, isto é, a Genie aprendeu a andar mas sendo ela a estimular-se, após várias tentativas foi conseguindo, mas também podemos ver que tem certas dificuldades, em parte, na minha opinião, deve-se ao isolamento de mais de 10 anos da sociedade, não tendo qualquer estímulo por parte do meio. Outro exemplo é o da linguagem. Nós nascemos pré-dispostos a desenvolver tal característica/capacidade mas se não for devidamente estimulada então a característica não se vai manifestar, no fundo trata-se de uma capacidade adquirida. Genie apenas e mal vocalizava pois era estimulada para que isso assim fosse, se ela fizesse barulho era punida, e quando Susan e os outros especialistas começaram a desenvolver a fala de Genie conclui-se que havia um período crítico para a aprendizagem da primeira língua, na medida em que Genie apenas conseguia dizer palavras soltas e nunca frases gramaticalmente construídas.

O segredo de uma criança selvagem” expõe-nos duas questões fulcrais que nos define enquanto pessoas: O que nos torna humanos? O que realmente nos distingue dos animais?


quinta-feira, 8 de março de 2012

Hereditariedade VS Meio


O que influencia o desenvolvimento humano, a hereditariedade ou o meio?
Será que a genética tem mais influencia, ou será o meio que tem mais poder sobre o desenvolvimento do indivíduo?

Argumentos a favor da genética:
- Se os pais são agressivos, os filhos têm tendência para serem agressivos;
- Os gémeos homozigóticos (criados no mesmo ambiente) possuem o mesmo tipo de características psiquíquicas;
- (…)

Argumentos a favor do meio:
- Os gémeos verdadeiros (quando criados em ambientes opostos/diferentes) reagem de diferentes formas perante situações iguais/idênticas;
- “Menino Selvagem” (história de um menino que cresceu com os animais.)

(Link onde podes encontrar a historia detalhada sobre o menino selvagem)
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/cinema/dossier/meninoselvagem.pdf

- A convivência com grupos de amigos diferentes altera a personalidade dos indivíduos;
- (…)
Algumas características hereditárias e o meio ambiente trabalham juntos para determinar a personalidade, ou seja, há um equilíbrio entre os factores ambientais e os factores adquiridos hereditariamente (já assim o dizia Piaget). Isto não quer dizer que uma criança tenha que ficar para sempre atrelada à sua formação genética, pois um gene apenas fornece a probabilidade de um traço de carácter, não é uma garantia. Então diz-se que a natureza afecta a criação e a criação afecta a natureza. A melhor forma de estudar estes dois factores é de analisar dois gémeos verdadeiros, pois terão com certeza traços de carácter mais idênticos do que outro tipo de irmãos. Estes traços são os que provavelmente aparecem na herança da hereditariedade. Os gémeos criados por famílias diferentes em meios diferentes adquiriram ao longo da vida uma diferença substancial de comportamentos. Com toda a certeza que uma criança gémea de outra sorrirá com frequência se o meio ambiente e a família aonde está a ser criada é calma, e lhe responde sempre com boas palavras e sorrisos, reforçando então a disposição alegre da criança. Se o gémeo desta criança estiver integrada numa família aonde reine um ambiente demasiado repressivo e protector, se calhar ele não sorrirá tão frequentemente. Isto significa que nós estamos sujeitos a experiências diárias que podem modificar o nosso temperamento e carácter.
Apesar da hereditariedade influenciar o desenvolvimento, não é suficiente para explicá-lo. A própria maturação está na dependência da actividade do sujeito.

quarta-feira, 7 de março de 2012

O Gestaltismo de Köhler


Fazendo uma breve reflexão a um dos conteúdos leccionados na aula teórica, e a uma das vertentes das teorias do desenvolvimento surge o Gestaltismo.O gestaltismo ou psicologia da forma, nasce por oposição à psicologia do séc. XIX e critica Wundt ( psicólogo defensor do Associacionismo.) Köhler defende que a psicologia deveria decompor os processos conscientes nos seus elementos constituintes e enunciar as leis que regem as suas combinações e relações. Os elementos mais simples seriam as sensações que, associadas, somadas constituiriam a percepção.Os gestaltistas partem das estruturas, das formas: nós percepcionamos configurações, isto é, conjuntos organizados em totalidade. A teoria da forma considera a percepção como um todo. Primeiro percepcionam o total depois analisam os elementos ou dos pormenores.O todo não é a soma das partes – na realidade estas organizam-se segundo determinadas leis. Os elementos constitutivos de uma figura são agrupados espontaneamente. Esta organização é, segundo o gestaltismo, essencialmente inatos.A organização das nossas percepção será estudada pelos gestaltistas que enunciam um conjunto de leis.- Lei da proximidade – perante elementos diversos, temos tendência a agrupar aqueles que se encontram mais próximos.- Lei da semelhança – perante elementos diversos, temos tendência a agrupar por semelhanças.- Lei da contiguidade – perante algo inacabado, temos tendência a acabar.Os gestaltistas criticam Watson porque este diz que todo depende do meio e Köhler acha que as ideias são inatas.


Conclusão: segundo esta concepção, o sujeito é resultado das potencialidades transmitidas por hereditariedade. Existiriam estruturas inatas no sujeito que organizariam a experiência do meio ambiente. O meio desempenha um papel pouco relevante no seu desenvolvimento. Os gestaltistas defendem que o sujeito organiza a experiência do meio a partir das estruturas inatas.






segunda-feira, 5 de março de 2012

"A Psicologia tem um longo passado mas uma curta história..."

           Tal como descreveu Herrmann Ebbinghaus, um dos primeiros psicólogos experimentais , a situação da psicologia remonta ao classicismo grego, apesar de só se ter tornado de certa forma " independente" da filosofia, nos finais do século XIX  na Alemanha através do psicólogo Wilhem Wundt, o qual liderou o movimento estruturalista.
           Historicamente, a psicologia esteve ligada e ainda o está em vários níveis, quer à filosofia, quer às ciências da natureza, tais como a biologia e a fisiologia que serviram de modelos de investigação ao nível da observação e experimentação.           
          Todas as pessoas têm curiosidade em saber como funcionam. Neste caso, como o comportamento e a conduta humana é explicada. Porém, estas dúvidas foram estudadas no tempo da Grécia Antiga, mas não com muita importância.

    

“Há milhares de anos atrás, desde que o Homem se percebeu como um ser pensante, inserido em um complexo que chamou de Natureza, ele vem buscando respostas para suas dúvidas e factos que comprovem e expliquem a origem, as causas e as transformações do mundo. No entanto, o comportamento e a conduta humana são assuntos que sempre nos fascinou e estão registados historicamente ao longo desses anos. Isso faz com que a Psicologia seja uma das mais antigas e uma das mais novas disciplinas académicas, criando assim esse paradoxo.” (http://pt.scribd.com/doc/3050392/Um-Breve-Resumo-da-Historia-da-Psicologia)

quinta-feira, 1 de março de 2012

A psicologia como ciência...

Questões:


1.      Quando é que a psicologia se constitui como ciência?

2.      Como? Quais foram as principais correntes e quais os seus objectos e métodos?
3.      Actualmente, qual é o principal objecto em psicologia?
4.      E os principais métodos e técnicas?
5.      Quais as principais diferenças entre os conhecimentos das Ciência e do Senso comum?
6.       Pscologia aplicada: qual o o objecto e principais métodos na Psicologia do Desenvolvimento?
Respostas:
1) Integrada durante séculos na Filosofia, a Psicologia só se torna uma Ciência independente nos finais do século XIX, quando Wundt funda o primeiro laboratório de psicologia experimental em 1897. É a partir deste acontecimento que se vão desenvolver, de forma sistemática, as investigações em Psicologia.



2) A psicologia constitui-se uma ciência obtendo respostas diferenciadas levando vários autores a definirem métodos e objectos específicos, conforme os problemas estudados.

    As principais correntes da psicologia foram: o Associanismos/Estruturalismo, Wildhelm Wundt; a Reflexologia de Ivan Pavlov; o Behaviorismo/ Comportamentalismo, de John Watson; o Gestalismo/ Teoria da forma, de Wolfganf Kohler; a Psicanálise, de Sigmund Freud; e o Contrutivismo, de Jean Piaget. O Associacionismo/Estruturalismo tem como objecto a consciência e como métodos a introspecção controlada. A Reflexologia tem como objecto de estudo os reflexos e como método estudar a actividade  nervosa superior. O Behaviorismo/ Comportamentalismo tem como objecto o comportamento do Homem e do Animal e utiliza o método experimental. O Gestaltismo/ Teoria da forma tem como objecto estudar os fenómenos da percepção e pensamento como totalidade, e utiliza o método experimental e a introspecção. A Psicanálise tem como objecto o inconsciente, a estrutura psíquica, e o funcionamento Psíquico, e utiliza o método psicanalitico. Por fim o Construtivismo tem como objecto as estruturas da inteligência e como método o clínico e a observação naturalista.


3)O objecto de estudo da psicologia é o homem, mais propriamente o comportamento humano, na vertente do consciente/ inconsciente e personalidade do indivíduo. Colocando assim como objecto de estudo o ser humano na sua permanente evolução.


4)A psicologia aborda vários métodos e técnicas do comportamento humano. Dos vários métodos existentes faremos referência aos mais importantes. Existe o método introspectivo (análise interior feita pelo próprio sujeito), a observação (podendo ela ser laboratorial ou naturalista), o método experimental (que tem por objectivo permitir conhecimentos sobre comportamentos comuns a um grupo de pessoas), conhecemos ainda o método clínico (constitui-se como uma serie de procedimentos de diagnostico e tratamento de pessoas com problemas de comportamentos e/ ou emocionais) e por fim o método psicanalítico (que tem como objectivo conhecer o inconsciente do paciente). 

    Além dos métodos são ainda conhecidas técnicas como: teste, inquéritos e entrevistas (podendo ter maior ou menor controlo ao nível das questões e respostas).


5) O conhecimento do senso comum baseia-se na experiência quotidiana das pessoas, na chamada experiência de vida (que se distingue da experiência científica por ser um planeamento rigoroso, sem método). Nalguns casos trata-se de experiências pessoais, noutros casos são experiências partilhadas pelos membros da comunidade- no decurso do processo de socialização, Em suma, é um conhecimento que se adquire sem estudos, sem investigações.
    Ciência é um saber sistemático na medida em que constitui um conjunto organizado de conhecimentos, havendo da parte dos cientistas um esforço para que as diversas teorias se articulem entre si e sejam coerentes.
   - O senso comum é um saber impreciso, na medida em que normalmente não se exprime de modo rigoroso e quantificável, já a ciência é um saber preciso é ainda um saber superficial, na forma em que se conhece os próprios fenómenos mas muitas vezes desconhece-se as suas causas verdadeiras. Sendo a ciência um saber mais aprofundado, procurando descobrir a causa dos fenómenos.
    - O senso comum é um saber subjectivo ou pessoas, pois a sua aquisição depende das condições de vida, que não são iguais para todos os homens. É influenciado pela época histórica, pela cultura, pelos grupos sociais a que se pertence, pelo meio ambiente em que vive, pela idade, pela profissão, personalidade, etc. A ciência, pelo contrário, procura alcançar um saber objectivo. Ou seja: tenta mostrar as cosa (o objecto) como eles são, independentemente dos gostos e interesses do sujeito. Um conhecimento para ser científico tem de ser independente das particularidades do cientista.

6) Sendo o objecto de estudo da Psicologia o comportamento humano, a Psicologia do Desenvolvimento ocupa-se por estudar o comportamento do Homem durante todo o seu desenvolvimento e crescimento como pessoa. Assim sendo, a Psicologia do Desenvolvimento tem em conta, no seu estudo, o crescimento físico do indivíduo, a sua maturação ( a nível neurológico e glandular), a aprendizagem retida dos acontecimentos e experiências vividas pelo sujeito, o seu desenvolvimento referente a mudanças a nível psicológico, mudanças no modo de pensar, mudanças na sua personalidade, mudanças nos seus comportamentos, etc., e, ainda, tem em conta as mudanças ao longo da história e da evolução da espécie, como as mudanças ocorridas ao longo da história pessoal de determinado indivíduo.
  São diversos os métodos utilizados pela Psicologia do Desenvolvimento, dos quais se salientam estudos de diagnóstico e de intervenção, estudos nomotéticos e ideográficos, estudos desenvolvimentais e transversais, estudos clínicos, experimentais e correlacionais, estudos de casos, narrações literárias, estudos de observação participante, estudos de campo, estudos antropológicos e transculturais, estudos de investigação-acção, estudos correlacionais, estudos descritivos causais, estudos experimentais e quase-experimentais.